o alto custo do fast fashion
quando se leva um estilo de vida guiado pela sustentabilidade, todas as atitudes devem ser questionadas antes serem realizadas. isso vai muito além do alimento que comemos ou da forma que o preparamos, ultrapassa optar por marcas eco-friendly... ter a sustentabilidade como pilar principal é estar em constante questionamento - mas, claro, sem pressão, tudo de acordo com o seu tempo e processo, tá?
pensando no universo da moda, é essencial trabalharmos, também, sobre o descarte de nossas peças: como e de qual maneira deve ser realizado? a proposta slow fashion busca amenizar todas as questões envolto ao descarte e consumo excessivo e ocasional de roupas que o fast fashion instiga – com redes capazes de lançar mais de 50 coleções de novos produtos por ano – tem feito com que o desperdício têxtil cresça exponencialmente no mundo.
vestir-se de maneira consciente engloba inúmeros sistemas os quais estão em constante transformação. repensar a forma que compramos e, não obstante, descartamos, é necessário para que haja a real mudança em todos os cenários.
abarrotado de peças, o deserto do Atacama, no Chile, abriga um dos maiores lixões tóxicos da moda descartável do 1° mundo. as inúmeras toneladas de roupas que se encontram no lixão chegam de todas as partes do mundo e, em sua maioria, são de peças já inutilizáveis, o que inviabiliza a venda dos comércios locais.
o alto custo do fast fashion com trabalhadores mal remunerados, denúncias de emprego infantil e condições deploráveis para a produção em massa soma-se, também, seu imenso impacto ambiental, que hoje em dia, é comparável ao da indústria do petróleo. a maior problemática é que esses tecidos, por serem de moda rápida, não são biodegradáveis sendo compostos por produtos químicos não sendo aceitas nos aterros municipais.
ou seja, cabe ao consumo responsável passar, também, pelas etapas da destinação correta das roupas – alguns cuidados ajudam a reduzir os impactos.
as opções para você descartar aquelas peças que não condizem mais com o seu estilo ou que já estão passadas são várias. você pode buscar doá-las para instituições que ou realizam o direcionamento dessa doação, ou que revendem de forma a arrecadar lucro para beneficiar outras pessoas. outra opção viável é o upcycling, que é transformar peças que seriam descartadas em aterros sanitários e dando um novo sentido para elas.
aqui, na Side B, para evitar o desperdício de tecido durante a produção, agora, utilizamos o software AutoCAD e nele montamos os moldes das peças com as metragens e tipo de tecido, desse modo, não há descarte de tecido, utilizamos todo o rolo do material. mas, nem sempre foi assim, antes a modelagem e o cálculo eram feitos de forma manual e, assim, sobravam partes de tecidos. para não desperdiçarmos, desenvolvemos dois modelos queridíssimos por vocês: top ilha e cropped lise.
além do não desperdício de tecido, na coleção essence há diversas peças produzidas em Lycra Fluity, feita com microfibra de nylon biodegradável. os fios têm tecnologia brasileira avançada, a microfibra de nylon utilizada foi pensada para se decompor rapidamente após o descarte. ou seja, se antes o nylon demorava décadas para se decompor, agora demora 3 anos. mais fino que um fio de cabelo, toque da lycra fluity é suave e extremamente confortável.
sabemos que o principal colaborador para a existência desses lixões é o consumo desenfreado por vezes estimulado pelo fast fashion que, ao lançar, novas coleções a todo momento, alimenta o desejo de compra (muitas vezes desnecessários). por isso, sempre que puder optar, escolha o essencial: peças que estão com você em qualquer ocasião.
além do básico - somos essenciais, estamos presentes em todos os momentos,
com amor,
SIDE B